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Três confusões simples na gestão financeira das empresas (e como evitá-las)

  • Foto do escritor: Naiara Fracaroli
    Naiara Fracaroli
  • 30 de jun.
  • 2 min de leitura
Homens de negócios em reunião

Ao longo dos meus mais de 14 anos trabalhando com gestão econômica e financeira de empresas de diversos portes, identifiquei alguns deslizes que se repetem com mais frequência do que se imagina, e que muitas vezes comprometem resultados importantes.


São falhas simples, mas que ainda vejo em muitas empresas. Por isso, decidi escrever esse artigo para te ajudar a identificá-los (e, claro, evitar que eles aconteçam no seu negócio).

 

Confusão 1: misturar as finanças da empresa com as finanças pessoais


Esse é, de longe, o mais comum, especialmente entre pequenos empresários.


Muitas vezes, por falta de organização ou de conhecimento, o gestor acaba utilizando os recursos da empresa como se fossem seus e vice-versa. Isso pode parecer inofensivo em um primeiro momento, mas é um risco enorme para a saúde financeira do negócio.


O primeiro passo para resolver isso é definir um pró-labore fixo. Esse é o valor que você, como sócio, deve receber mensalmente pelo seu trabalho. Essa remuneração deve ser compatível a remuneração de um profissional no mercado de trabalho e compatível a capacidade da empresa. Além disso, qualquer retirada que vá além do pró-labore precisa ser feita como distribuição de lucros e somente se houver lucro disponível.


Se você não tem tempo ou rotina para separar seus gastos pessoais, procure um apoio profissional. É essencial que essas despesas sejam classificadas corretamente no contas a pagar e não fiquem misturadas com as obrigações do negócio.

 

Confusão 2: investir ou distribuir mais do que o lucro permite


Muitos empresários não sabem exatamente quanto lucram e isso gera um problema sério. Já atendi empresas em que não havia qualquer controle real do lucro apurado. E como você pode tomar boas decisões de investimento ou distribuição de lucros sem saber o quanto realmente ganhou?


Primeiro, é necessário apurar corretamente o lucro do negócio. Depois disso, analise quanto pode (ou deve) ser reinvestido e quanto poderá ser distribuído. E atenção: se você tiver lucros acumulados, precisa entender se esse valor está de fato disponível, ou se já foi consumido pelo capital de giro.


Investir ou distribuir sem essa clareza pode colocar a empresa em risco de desequilíbrio financeiro ou falta de caixa no curto prazo.


Confusão 3: confundir caixa com lucro


Esse talvez seja o deslize mais perigoso.


Lucro e caixa não são a mesma coisa. A empresa pode ter lucro e mesmo assim enfrentar dificuldades para pagar suas contas, especialmente se tiver feito grandes investimentos, ampliado estoques ou se o capital de giro estiver comprometido.


Por outro lado, uma empresa pode ter caixa no curto prazo, mas estar operando com prejuízo. Por isso, é fundamental acompanhar de forma estratégica.


Ferramentas como o DRE e o Fluxo de Caixa ajudam a enxergar essas informações com mais clareza e são as maiores aliadas do empresário que deseja ter segurança nas suas decisões.


Evitar essas três confusões pode parecer simples, mas exige disciplina, clareza de informações e, principalmente, decisões conscientes.


Se você já corrigiu esses pontos no seu negócio, parabéns! Você está um passo à frente de muitos empresários. Mas se ainda se identificou com algum deles, o momento de agir é agora.


E se precisar de apoio especializado nesse processo, conte com a equipe da Fabri Consultoria. Acesse fabriconsultoria.com/ifc


Economista Naiara Fracaroli

Sócia/Gerente da Fabri Consultoria

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