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Capital de Giro: guia básico completo para empresários

  • Foto do escritor: Liandro Fabri
    Liandro Fabri
  • 21 de jul.
  • 3 min de leitura

Atualizado: 18 de ago.

Homem sorri enquanto digita em um notebook

O capital de giro é um dos pilares da saúde financeira de qualquer negócio. Apesar de ser um termo frequentemente utilizado, muitos empresários ainda não compreendem completamente sua estrutura, dinâmica e importância.

 

Neste guia, vamos explicar o que é, como funciona, como calcular e o que você precisa observar para fazer uma boa gestão do capital de giro da sua empresa.

 

O que é Capital de Giro?

 

O capital de giro representa todos os recursos necessários para manter as operações da empresa funcionando no curto prazo. Ele está diretamente relacionado ao ativo circulante, que inclui:

 

  • Dinheiro em caixa e banco (disponibilidades);

  • Contas a receber de clientes;

  • Estoques de mercadorias e matérias-primas;

  • Outros créditos operacionais, como impostos a recuperar.

 

Ou seja, ele representa tudo o que a empresa tem disponível ou espera receber no curto prazo para continuar operando normalmente.

 

A dinâmica do Capital de Giro

 

A movimentação do capital de giro segue uma lógica cíclica:

 

  1. A empresa inicia com dinheiro em caixa;

  2. Esse dinheiro é usado para comprar estoques ou matérias-primas;

  3. Na maioria das vezes os itens ficam por um período em estoque e na sequência são vendidos e se transformam em contas a receber (quando há venda a prazo);

  4. Por fim, as contas são quitadas e o recurso volta a ser caixa.

 

Esse ciclo se repete continuamente e cada etapa tem um prazo, que varia de empresa para empresa. Quanto maior o tempo entre a saída e o retorno do dinheiro ao caixa, maior a necessidade de capital de giro.

 

Quem impacta no Capital de Giro?

 

O capital de giro não é responsabilidade exclusiva do financeiro. Outros setores impactam diretamente sua dinâmica:

 

  • Comercial: define prazos de recebimento, volume de vendas e políticas de cobrança;

  • Compras e Estoque: define o quanto será comprado e em consequência do volume de compras x vendido, gera o prazo de estocagem;

  • Produção (na indústria): quanto maior o prazo de fabricação, maior a necessidade de capital para sustentar o processo produtivo até a venda.

 

Por isso, o alinhamento entre áreas é essencial para que a gestão financeira funcione de forma estratégica.

 

E como calcular o Capital de Giro?

 

A análise do capital de giro é feita com base no Balanço Patrimonial, isolando os itens circulantes. O cálculo envolve três indicadores fundamentais:

 

1. Necessidade de Capital de Giro (NCG)

Representa o quanto a operação precisa para funcionar.

Fórmula: NCG = Ativo Circulante Operacional – Passivo Circulante Operacional

 

2. Saldo de Tesouraria (ST)

Mostra o que sobra (ou falta) de recursos financeiros.

Fórmula: ST = Ativo Circulante Financeiro – Passivo Circulante Financeiro

 

3. Capital de Giro Líquido (CGL)

Indica o quanto a empresa tem de capital de giro disponível.

Fórmula: CGL = Ativo Circulante Total – Passivo Circulante Total

 

Exemplo: Se a NCG for R$ 190 mil e o CGL for R$ 90 mil, significa que está faltando R$ 100 mil. Esse valor negativo é o saldo de tesouraria, que representa a urgência de capital externo ou ajustes internos.

 

O que fazer quando falta Capital de Giro?

 

Caso a empresa identifique uma necessidade maior do que sua capacidade de cobertura, existem duas principais saídas:

 

  • Alongar dívidas de curto prazo, transformando-as em obrigações de longo prazo;

  • Injetar capital próprio ou buscar crédito com objetivo específico de equilibrar o fluxo.

 

Mas atenção: essa decisão precisa ser tomada com base em análise financeira sólida e estruturada.

 

O capital de giro é reflexo de decisões operacionais, políticas comerciais e estratégias de compras e políticas de estoque. Uma gestão eficaz de capital de giro garante fluidez nas operações e evita crises mesmo em cenários de crescimento.

 

Ao entender como ele funciona, calcular corretamente suas necessidades e integrar todas as áreas da empresa nessa lógica, o empresário conquista mais controle, clareza e segurança financeira.

 

Se você quer aprender mais sobre como aplicar esses conceitos na sua empresa, conheça o programa de Inteligência Financeira Corporativa Integrada da Fabri Consultoria. Um passo essencial para transformar sua gestão financeira!


Administrador Liandro Fabri

Diretor Operacional da Fabri Consultoria

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