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  • Foto do escritorLiandro Fabri

Como entender a eficiência operacional de uma empresa?

Descubra como montar o DRE, um dos principais instrumentos de finanças corporativas.



Muitos empresários reclamam que está faltando dinheiro em caixa, mas não conseguem identificar se operacionalmente a empresa está eficiente.

O DRE é o primeiro termômetro para entender de onde está vindo o problema financeiro da sua empresa. Eu consigo diferenciar se a minha empresa está com problema operacional, nas vendas, ou se é gestão do capital de giro e políticas de prazos.


Para estruturar um DRE, primeiramente precisamos entender o motivo de utilizarmos o Regime de Competência.


Por que usar o Regime de Competência?


Regime de competência é quando os fatos são gerados dentro da empresa, os acontecimentos são alinhados pelo momento que ocorreram e não no momento que eu vou receber ou pagar. Por exemplo:


  • Realizei uma venda de R$ 3.000,00 em janeiro com pagamento em 3x: entrada, 30 e 60 dias.

  • Em regime de competência eu devo lançar esses R$ 3.000,00 em janeiro.

  • Já em regime de caixa, eu lançaria R$ 1.000,00 em janeiro, R$ 1.000,00 em fevereiro e R$ 1.000,00 em março.


A inclusão correta das informações é vital para termos um DRE assertivo, e é aí que mora o perigo: uma boa parte dos empresários, gestores de pequenas médias empresas, erram ao misturar os dois regimes durante a análise financeira. E aí não se chega em informação alguma, não se consegue apurar nem o resultado e nem o caixa.


Quando trazemos todas as informações para regime de caixa, estamos fazendo uma apuração de caixa, observando o quanto está sobrando ou faltando de recursos. Quando trazemos os dados para o regime de competência, estamos analisando a eficiência operacional, ou seja, se tudo o que foi feito dentro das atividades está gerando resultado, lucro ou prejuízo.


Ao misturar as duas abordagens, não é possível chegar a uma informação conclusiva ou utilizável.


Antes de indicar a estrutura do DRE, deixo aqui para você um link para baixar nossa planilha modelo de DRE gratuitamente, para que você possa utilizar na sua empresa e praticar as apurações e a observação da eficiência operacional.


Para uma empresa ser saudável, inicia-se por uma operação saudável.


Como montar um DRE?


Vamos então falar sobre o demonstrativo. A conta fica mais ou menos desta forma:


(+) RECEITA OPERACIONAL BRUTA: onde se lança todas as vendas que são o objeto social da empresa, ou seja, fazem parte da atividade.


(-) DEDUÇÕES DA RECEITA: decorre automaticamente das vendas, os impostos. Todos os impostos sobre vendas, devoluções, descontos em nota fiscal.


(=) RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA: quanto sobra da receita depois do pagamento dos impostos.


(-) CUSTOS: tudo o que está relacionado para realizar o serviço, produzir o produto ou custo de compra do produto de revenda. O que está diretamente associado ao produto ou serviço que estou vendendo.


(=) LUCRO BRUTO: um primeiro indicador para entender como a qualidade das vendas, quanto está sobrando de valor para pagar todas as despesas.


(-) DESPESAS OPERACIONAIS: os gastos necessários para vender o produto e fazer a gestão da empresa.


(=) LUCROS ANTES DOS JUROS E IR (LAJIR): mostra de forma líquida o que a operação está gerando, antes do pagamento do financiamento da estrutura empresa.


(+/-) RESULTADO FINANCEIRO: despesas financeiras menos receitas financeiras. Resultado do capital que está financiando a empresa ou como estou aplicando os recursos.


(=) LUCRO ANTES DO IR/CS (LAIR)


(-) IR/CS: Imposto de Renda e Contribuição Social em empresas que estão em regime de apuração pelo lucro real. No Simples ou presumido o imposto já é deduzido direto das vendas.


(=) LUCRO OPERACIONAL LÍQUIDO: o quanto sobra das atividades. Aqui se consegue ter noção do montante disponível para reinvestimentos ou distribuições.


Entendeu como está organizado o DRE? É por meio dele que eu consigo enxergar o que está acontecendo de fato nas operações da minha empresa. É o primeiro termômetro para detectar o que está ocasionando problemas financeiros.


Confira também os artigos do Adriano Fabri sobre o EBITDA, outro importante indicador financeiro empresarial.



Administrador Liandro Fabri

Sócio/Consultor da Fabri Consultoria

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